Há situações que ocorrem em nossa vida e nos mostram muitas verdades. Sexta foi um dos dias  em que percebi tais verdades. Não necessariamente boas, mas sim, péssimas. Reparei o quão rude eu posso ser com pessoas que não merecem a maldade. Que apenas alguns atos podem magoar, entristecer, enfurecer... E tais atos não apenas ferem o outro, porém a ti também. Percebi que nesses anos fui tão estupidamente egoísta por pensar que se me desentendesse com alguém, esse alguém teria um orgulho menor que o meu e iria talvez me pedir desculpa, apenas por causa da minha amizade, para não perdê-la, mesmo sem ter culpa alguma. O quão mimada e orgulhosa, por assim dizer, eu fui. Mas com os anos - e ainda bem por isso - fui amadurecendo em alguns pensamentos. Fui vendo que ao longo do caminho perdi pessoas especiais que hoje fazem falta. E por quê? Por tamanha rudeza e ignorância. Mas ao menos cheguei a tempo de me desculpar com os outros e perceber que se eu não mudar, a cada dia terei menos pessoas comigo. Pessoas tão maravilhosamente incríveis e de bom coração que não merecem o meu lado ruim, não merecem conhecer esse lado inconsequente. E eu, não devo concedê-las menos do que a alegria. Notei que alegria só é alegria quando compartilhada com mais de uma pessoa. Que fazer alguém feliz, torna me completamente feliz. Fazer alguém rir, arranca me o maior sorriso. E que as pessoas não tem culpa se o meu dia não está sendo um dos melhores, mas apenas não tenho o direito de descontar nelas quando na verdade o que elas fazem é estar ali. Ali para apoiar no que for.
Eis que tentei mudar. Pensar não somente em minha alegria, mas na do próximo, pois essa sim me deixa muito feliz. É onde tenho paixão. Esse belo ato de lembrar de alguém e fazer de tudo para arrancar desse alguém um sorriso. E ontem, como aniversário do meu pai nada melhor pra pôr em prática. Fiz uma surpresa. Tudo muito singelo. Do jeito mais carinhoso que podia ser feito. 
Mas, é apenas isso. Enquanto aprofundo minha paixão, Adriana.


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