Nessa luta de procurar a pessoa que eu sou, a forma que molda meu ser, eu acabo perdendo um pouco do que está à minha frente. Eu me cego para uma realidade que não existe e não vivo o presente que eu tenho no agora.
Nunca me achei a pessoa mais por dentro da minha idade. Nunca senti que me encaixo na realidade que vivo. E que não me moldo ao tipo de amizade que as pessoas que eu conheço tem. E com isso eu perco tudo à minha volta. Deixe-me dar um exemplo.
Um caso fictício que tem um quê muito real: menina conhece menino. Ela é muito legal com ele pois partiu da premissa que faria mais um amigo do sexo masculino (o tipo de amizade que ela adora). Ele é muito legal com ela, pois vê nela, talvez, um futuro romance engatado. Ela conversa e desconversa. Ele é curioso e quer logo saber tudo da vida dela. Ela, um tanto fechada. Ele tão, mas tão sensível. Ela cada vez mais acuada com a situação. Ele já declarando sentimentos. Ela não. Ele sim. Ela longe. Ele perto. Ela sonha alto. Ele permanece baixo. Ela cai em si que são água e óleo e já quer afastá-lo de sua vida. 
E ao mesmo tempo ela eu penso: não estaria eu fugindo mais uma vez? Será que se ela fosse quem dissesse o sim, não poderia ter uma surpresa? Porque às vezes ter o que sempre sonhou parece tão improvável e impossível, e você fica ligada nisso, que perde tudo o que está à sua frente. E por não arriscar o novo, pode se arrepender. Então, o que fazer?


Deixe um comentário