Faltam exatamente seis dias para o grande marco. E como marco quero dizer o meu aniversário de 18 anos. Não que marque a vida de alguém, mas sim a minha, obviamente.
Não sei se olho isso pelo lado positivo ou pelo negativo. O positivo seria, talvez, que agora posso fazer as coisas com uma certa independência -questionável e limitada- mas uma independência que não tive em dezessete anos. Mesmo sabendo que a liberdade a que tanto almejo não virá tão cedo.
Todavia, o lado negativo e talvez o mais convidativo é que eu fico imaginando no passado, tempo de tantas promessas feitas e vejo que no exato presente nenhuma foi deveras realizada. Ok, nenhuma não, mas as mais significativas não ocorreram. O que me deixa descrente quanto ao próximo sábado.
Descrente por saber que como pessoa que sou, farei uma grande lista de coisas, que acredito eu serem possíveis de ser realizadas, mas darei de cara com a decepção. 
Todavia, prometi a mim mesma ser mais positiva e otimista quanto a vida que levo, portanto, como bem sei, farei os meu pré-desejos. Porém, algo possível para não ser destinado ao fracasso.
Que acendam-se a velas! 
Eu quero parar de me preocupar tanto com a opinião alheia. Não há coisa que me deixa mais irritada! Não o fato da pessoa dar alguma opinião equivocada e idiota, mas o fato de eu ligar. O fato de que isso me priva cada vez mais de me abrir e ser quem sou por causa dos outros. E pior, às vezes pensar o que o outro pode pensar antes mesmo de ele pensar, e isso me faz calar.
Ler mais. 
Parar de reclamar tanto.
Parar de tentar agradar a alguém quando isso desagrada a mim.
Fazer mais amigos em viagens para torná-las inesquecíveis. E lembrar de levar sempre a Duds junto para serem ainda melhor.
Preciso confiar mais em mim. Talvez esse seja o maior desafio daqui pra frente afinal.
Ver mais filmes.
Ser mais saudável.
Ir a um show.
Tirar mais fotos. Registrar mais momentos.
E... ser menos tímida. Tudo que foi evitado em 17 anos ser feito para não chamar atenção, fazer. Não para ser uma tola que ama holofotes, mas para me ajudar a destruir a cada dia a coisa que me aprisiona ao chão. Acabar com o que esteve presente comigo, crescendo e envelhecendo junto.
Então, meu décimo oitavo ano de vida, espero que você venha manso, calmo, sereno. Não tão agitado para não me estremecer. Às vezes pode até ter um toque de surpresa para me alertar sobre algo. Mas só não seja tão desapontador ao nível de eu achar que não merecia nem existir para viver tamanha dor. Que eu não lamente tanto como ultimamente. E que acima de tudo, seja um ano de belas gargalhadas, daquelas com choros e dores na barriga. As mais deliciosas possíveis. Para que no fim, tenha um gosto de quero mais e de valeu a pena.

Que apaguem-se as velas!
Adriana.


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